A avaliação do Ministério Público do Distrito Federal é a de que o fato de o preso ter levado armas para Brasília com ‘a intenção de provocar intervenção militar, cogitando explosão de bombas em aeroporto e em subestação de energia, demonstra de forma inequívoca a necessidade’ de sua segregação cautelar.
Além disso, a avaliação da Promotoria é a de que, ao passar mais de um mês acampado em frente ao quartel do Exército, George se ‘inseriu em uma engenharia criminosa em que teria encomendado e recebido artefatos para confecção de bomba’. Durante a audiência de custódia do investigado, o MP deu destaque à ‘trivialidade com que o preso lida com questões radicais e lesivas’.
O auto de apreensões dos objetos localizados pelos policiais em posse de George lista um fuzil, duas espingardas, cinco bananas de dinamite, revólveres, pistolas e mais de mil munições, de diferentes calibres.
Segundo o preso relatou à Polícia, caso fosse parado na estrada, durante o transporte do arsenal do Pará até Brasília, ‘a ideia era acionar o Pró Armas para justificar participação em competição de tiro’. O gerente de postos de gasolina ainda disse que pretendia repassar parte das armas e munições a CACs – colecionadores, atiradores e caçadores – acampados em frente ao quartel do Exército ‘assim que fosse autorizado pelas Forças Armadas’.