Organizações ligadas ao setor de eventos criticam APLB e pedem retorno às aulas na BA
Cinco organizações ligadas ao setor de eventos divulgaram, nesta segunda-feira (10), uma nota que pede o retorno às aulas na Bahia de forma presencial ou semipresencial. Os empresários criticam a APLB, representante sindical de professores na Bahia, e afirmam que a reabertura das escolas “é fundamental para o desenvolvimento pleno das crianças e para o restabelecimento gradual de todas as atividades econômicas do estado”.
A crítica ocorre porque a APLB tem defendido que, mesmo com a vacinação de todos os trabalhadores da educação, as condições sanitárias para o retorno das aulas presenciais ainda não estão colocadas, sendo necessária a manutenção da paralisação da categoria no estado. “Nós não permitiremos o genocídio em que eles querem colocar os professores de frente com o vírus. Já basta de tanta morte”, afirmou a diretora do sindicato, Elza Melo, na última quarta-feira (5) em entrevista ao Bahia Notícias (relembre aqui).
A nota assinada pela Comissão dos Empresários de Eventos Sociais, pela ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de Eventos), pela APE (Associação dos Profissionais de Eventos), pela ABRAPE (Associação Brasileira dos Promotores de Eventos) e pelo Grupo Bahia (Associação dos Empresários, Promotores e Produtores Artísticos e Culturais do Estado da Bahia). Confira abaixo na íntegra.
“Aula à distância nunca foi uma realidade para a maioria dos brasileiros. O Brasil é o país que teve escolas fechadas por mais tempo em todo o mundo! Estudos do UNICEF e Unesco já alertavam que quanto maior o tempo afastado da escola, maior a chance do aluno não retornar. Segundo pesquisas, números alarmantes demonstram que teremos imensos desafios para reverter os impactos da pandemia na educação neste e nos próximos anos. Impactos que reverberam na aprendizagem, desenvolvimento do país, no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), na fome, na violência e desigualdade social.
Para garantir o retorno seguro da volta às aulas semipresenciais na Bahia, trabalhadores da educação foram inseridos na lista de prioridade e já estão sendo vacinados com agilidade.Todas as classes essenciais que foram priorizadas e estão sendo vacinadas, a exemplo dos rodoviários, trabalhadores da limpeza urbana, agentes de segurança e salvamento, dentre outras, seguem com as suas atividades normalmente,. Já os trabalhadores da educação, mesmo com todas as medidas e protocolos sanitários e de segurança apontados e implementados pelas autoridades, se negam a retomar as suas atividades semipresenciais, o que faz com que a Bahia seja hoje, o único estado do país com dificuldade na retomada das aulas.
O estado e o município estão reunindo esforços, investindo na saúde e adotando todas as medidas necessárias para segurança e preservação da vida na retomada gradual das atividades econômicas e educacionais. A Bahia não pode parar! O retorno às aulas, mesmo que no modelo semipresencial, é fundamental para o desenvolvimento pleno das crianças e para o restabelecimento gradual de todas as atividades econômicas do estado. APLB, é trabalhando juntos que vamos progredir!”
BN