Pacto entre Sudene, universidades e Consórcio marca o desenvolvimento do Nordeste do futuro
Em uma iniciativa inédita, a Sudene, as instituições de ciência e tecnologia na região e o Consórcio Nordeste de Governadores deram o primeiro passo para criação da Rede ICT Nordeste (Redictne), com a assinatura de uma carta de intenções durante reunião realizada nesta sexta-feira (28) na capital pernambucana. O objetivo central da iniciativa é a reafirmação do papel dessas instituições, articuladas para o diálogo com os demais atores político-institucionais presentes na região, para a promoção do desenvolvimento regional.
Tornar a região competitiva, aproveitando a janela de oportunidades a partir da neoindustrialização é o que move a iniciativa. Para se inserir no novo cenário nacional, o Nordeste precisa estruturar as cadeias agroindustriais e digitais, o complexo industrial de saúde, investir na bioeconomia e na descarbonização e transição e segurança energéticas, promover a transformação digital da indústria e desenvolver tecnologias de interesse para soberania e defesa nacionais.
“Esse é um momento histórico: pela primeira vez a Sudene reuniu aqueles que representam a ciência, a pesquisa e a inovação no Nordeste, para que juntos possamos pensar o Nordeste do futuro, incorporando a pesquisa ao Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), a Nova Indústria Brasil (NIB), ou seja, agregar aqueles que têm conhecimento àqueles que estão formulando os planos para que a gente possa transformar em realidade tudo isso e mudar a vida do povo do Nordeste”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. O gestor ressalta que a melhoria na competitividade da região só pode ser alcançada a partir de investimentos em infraestrutura, avanços na educação e inovação.
De acordo com o reitor Josealdo Tonholo, da Universidade Federal de Alagoas, a ideia é lançar um pacto pelo desenvolvimento do Nordeste. “Cada universidade presente na região tem uma peculiaridade, que se soma às ações da Sudene, e muito conhecimento sobre os territórios em que atuam e, por isso, podem contribuir fortemente para a criação de estratégias de reposicionamento do desenvolvimento da região. E essa visão do desenvolvimento regional deve ser construída de forma pactuada com todos os atores políticos-institucionais nordestinos”, destacou.
]Fonte: BN