Polícia pede prisão de mãe e padrasto de Henry; casal é indiciado por homicídio com tortura
A Polícia Civil do Rio concluiu nesta segunda-feira (3) a investigação envolvendo o assassinato de Henry Borel, morto na madrugada de 8 de março no apartamento da família na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O vereador Dr. Jairinho (sem partido) e a professora Monique Medeiros, padrasto e mãe do menino, respondem pelo crime de homicídio duplamente qualificado —com emprego de tortura e recursos que dificultaram a defesa da vítima.
Segundo o UOL, o inquérito envolvendo o casal que está presido desde 8 de abril por suspeita de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas, foi concluído após oito semanas de investigação e será encaminhado ao MP-RJ (Ministério Público do Rio). Laudos complementares, como os dados do celular do parlamentar, foram anexados ao procedimento.
Em carta enviada a familiares, Monique diz que Jairinho é um “homem ruim, doente, psicopata e esquizofrênico”. No texto revelado pelo Fantástico ao qual o UOL teve acesso, diz ainda que Henry a alertava sobre o parlamentar. A professora diz que só começou a enxergar um outro lado de Jairinho após ser presa. Eu acreditava no Jairinho, cegamente e não sei por quê. Meu filho dizia que ele era um homem mau. E eu não acreditei Ela ainda também escreveu outras quatro cartas —uma delas endereçada a Leniel Borel, pai de Henry.
O advogado Braz Sant’Anna, que representa Dr. Jairinho, disse que “a defesa de Monique adotou esta linha de defesa, a nosso ver, bastante inconsistente, que não convenceu o próprio ex-companheiro (Leniel). No curso do processo, cairá por terra mais esta versão defensiva”. Após a morte de Henry, Jairinho e Monique eram representados pelos mesmos advogados. Contudo, a mãe do menino trocou de advogados, que passaram a solicitar que ela prestasse novo depoimento à polícia. Os investigadores, entretanto, entenderam que uma nova versão não mudaria o rumo da investigação.
BN