Policial investigado pela morte de João Pedro só entregou fuzil uma semana após homicídio
Um fuzil M16 calibre 556 usado por um policial civil para fazer disparos dentro da casa onde o adolescente João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, foi morto só foi apreendido uma semana após o crime, diz o Extra. A arma é do mesmo calibre do projétil que atingiu a vítima pelas costas, conforme apresentou laudo da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A reportagem afirma ainda que, horas após a operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, o agente omitiu, no depoimento prestou na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), que havia usado o fuzil. A arma só foi entregue à perícia no último dia 25, depois de o projétil ter sido encontrado no corpo da vítima. Em novo depoimento, o policial voltou atrás e admitiu o uso da arma na ação.
Inicialmente, o agente alegou que havia dado dez tiros com um fuzil Parafal calibre 762 dentro da casa. Essa foi a única arma que ele entregou aos investigadores na ocasião. Naquele dia, os outros dois agentes que atiraram dentro do imóvel apresentaram fuzis 556.
Uma semana depois, o policial retornou à delegacia e admitiu que deu “em torno de 16 tiros” dentro do imóvel usando outro armamento: um fuzil calibre 556. Neste novo relato, o agente, lotado na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), alegou que, no dia da operação, levou o fuzil 566 como “reserva” em caso de pane de sua outra arma, o fuzil 762. O policial foi o primeiro a entrar na casa e foi o que fez mais disparos dentro do imóvel, diz o Extra.