Professores aprovados em concurso são empossados na Uesb
Sair da terra natal para construir a vida em uma nova cidade. Essa é a realidade de muitos professores e pesquisadores que buscam atuar na universidade pública. O preenchimento das vagas destinadas à docência efetiva se dá por meio de concursos, que acontecem em muitas e difíceis etapas, por isso, além da preparação, é necessário se abrir às possibilidades nos mais diversos locais.
Foi o que aconteceu com Mateus Carvalho e Pedro Javier Gómez. Naturais de Salvador e de Cuba, respectivamente, os professores aprovados no último concurso público, para o campus de Itapetinga, agora integram o Departamento de Ciências Exatas e Naturais (DCEN). Eles estiveram entre os 82 novos professores da Uesb que participaram da Cerimônia de Posse, nesta terça, 21, no campus de Vitória da Conquista.
Ambos falaram sobre a relevância de atuar na universidade pública, não só em nível pessoal, pela estabilidade, mas sobretudo pela infraestrutura. “Acho que é uma resposta unânime dos meus colegas”, comenta o químico e professor Mateus. Segundo ele, seguir na área acadêmica já estava em seus planos desde a faculdade. “Esse foi um desejo meu desde a graduação, poder ingressar nessa área de trabalho”, comemora.
Já o físico e professor Pedro, cuja mudança teve início ao sair do país natal para cursar o mestrado e o doutorado na Universidade Federal da Bahia (Ufba), contabiliza agora mais uma nova cidade. Ele atuava como professor substituto na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e, ao analisar as oportunidades da sua área, a efetivação na Uesb o atraiu. “Correndo atrás para organizar a vida, busquei uma instituição estadual ou federal, porque tem esse objetivo de estabilizar e também de pesquisar, retribuindo para a sociedade o que a gente aprendeu durante todo o nosso percurso como estudante”, destaca.
Avanços e lutas – A Cerimônia de Posse contou com espaços de apresentação da Uesb aos novos servidores, sobretudo dos aspectos acadêmicos que envolvem a vida docente na Universidade. Nesse sentido, tanto o vice-reitor, professor Marcos Henrique Fernandes, quanto os pró-reitores reforçaram que a luta das categorias organizadas é responsável por trazer avanços para a Instituição.
O professor Reginaldo Pereira, pró-reitor de Graduação, que foi a instância responsável pela realização do concurso, lembrou do desafio de se fazer um processo seletivo como esse. Ele também reforçou a importância das cotas raciais e das cotas para pessoas com deficiência, apontando os novos professores negros e o professor surdo que passaram a integrar o quadro docente. “A Uesb reafirma sua responsabilidade pela inclusão, por meio das ações afirmativas”, comentou.
Em sua fala, o reitor da Uesb, professor Luiz Otávio de Magalhães, além de enfatizar o evento como uma ocasião especial de integração e de celebração, lembrou da luta dos professores das universidades estaduais baianas. “Nós temos um Estatuto do Magistério Público Superior que foi construído pela categoria docente, em embates com o Governo”, contou. “É um estatuto extremamente atual, que garante várias possibilidades de promoção na carreira, de formação na pós-graduação”, completou.
Além disso, o reitor destacou que a Universidade também construiu um arcabouço para o apoio ao trabalho do professor, que resulta, ainda, em oportunidades para a carreira e a produção. “A Uesb tem vários programas próprios de atuação docente, de financiamento de projetos de pesquisa e de extensão, projetos de inovação tecnológica, de educação tutorial, e nós participamos de todos os programas nacionais de formação, como o Pibid e a Residência Pedagógica”, concluiu.