Professores das universidades estaduais da Bahia farão nova paralisação nesta quarta (28) por mais recursos
A política dos governos estaduais para com a educação superior pública será alvo de protestos realizados em todo o país, para marcar o Dia Nacional de Luta em Defesa das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior, na próxima quarta-feira (28/05/2014). Na Bahia, os professores das Universidades Estaduais (Uefs, Uneb, Uesc e Uesb) paralisarão as atividades acadêmicas para denunciar a redução de quase 12 milhões das verbas para custeio e investimento imposta pelo governo petista. Durante o dia da paralisação, os professores estarão mobilizados em uma manifestação na Assembleia Legislativa, às 9h, e na Secretaria da Educação, às 14h, com a participação dos estudantes e técnico-administrativos. Juntos, reivindicam que sejam destinados, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos. Atualmente, este percentual não chega a 5%. Segundo a Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (ADUFS), a falta de recursos tem causado sérios transtornos à comunidade acadêmica, comprometendo o andamento das atividades. Com a diminuição neste ano, as obras de construção e reformas podem ser suspensas, pagamentos de fornecedores, terceirizados, das contas de água, luz e telefone podem atrasar. A impossibilidade da realização de concurso público agravará a falta de técnicos e docentes. Na Uefs, o restaurante universitário poderá fechar a partir de julho. A ADUFS avalia que no discurso e nas propagandas, o governo anuncia as grandes obras e que a “Bahia está melhor”. Entretanto, observamos que os investimentos em saúde e educação não atendem às necessidades da maioria da população e cada vez mais esses serviços públicos são precarizados. Não há prioridade para as áreas sociais. Para a ADUFS o descaso com que o governo trata a Educação Superior, conduz os professores denunciarem a situação, e exigem que invista na Educação pública. As Universidades estaduais se tornaram muito importantes para o povo baiano, formando profissionais-cidadãos e produzindo conhecimento científico e artístico-cultural, em particular no interior do estado. A ADUFS entende que a paralisação do dia 28 de maio, portanto, é um meio de chamar a atenção da sociedade para o risco de colapso das Universidades estaduais, caso o governo não aumente os recursos. A dedicação e a seriedade da comunidade universitária são fundamentais, mas não são suficientes para garantir a qualidade acadêmica se não houver as condições pedagógicas necessárias.