PT define pré-candidaturas a doze prefeituras da Bahia
Em reunião do diretório estadual realizada neste sábado, 13, no hotel Mercure, no Rio Vermelho, o PT definiu quem serão os pré-candidatos em 12 das 35 maiores cidades baianas. Três deles irão concorrer à reeleição: João Bosco, em Teixeira de Freitas; Jussara Márcia, em Dias D’Ávila; e Francisco de Assis, em Conceição do Coité. Aparecem ainda nomes de ex-prefeitos das respectivas cidades, que voltam a concorrer ao posto, como os casos do deputado federal Luiz Caetano (Camaçari), Carlos Brasileiro (Senhor do Bonfim) e Geraldo Simões (Itabuna). Completam a lista de pré-candidatos já aprovados pelo diretório Zé Neto (Feira de Santana), Gika Lopes (Serrinha), Orlando Filho (Cruz das Almas), Amauri Teixeira (Jacobina) e Dalva Tisio (Itamaraju). Em Lauro de Freitas e Alagoinhas, as conversas avançam para confirmar as pré-candidaturas de Moema Gramacho e Joseildo Ramos, respectivamente. “Há uma tendência forte para que sejam eles”, afirmou o presidente estadual do partido, Everaldo Anunciação. Segundo ele, o número de pré-candidaturas do PT nas 35 maiores cidades da Bahia deve chegar a 18. A reunião do diretório estadual do partido contou com a participação de lideranças das 35 principais cidades da Bahia, além de deputados federais e estaduais. Na reunião, os membros do partido discutiram a criação de um programa de governo participativo. Os temas que devem nortear os programas de governo devem levar em conta o maior controle de gastos e a eficiência pública, a democratização do acesso aos instrumentos de comunicação e informações, com destaque para a internet, além de aprofundar as políticas na área de saúde, educação, habitação e mobilidade urbana.
Indefinições
Uma das cidades em que o partido ainda não decidiu quem deverá sair candidato é Salvador. Três nomes têm pré-candidatura anunciada: o vereador Gilmar Santiago, o deputado federal Valmir Assunção e o ministro da Cultura, Juca Ferreira. O nome escolhido para disputa deve sair até abril.
O presidente estadual do partido não descarta abrir mão de candidaturas próprias para apoiar um nome da base aliada nas principais cidades. “Nas cidades em que houver candidaturas da oposição com musculatura, temos que ter unidade na base aliada para enfrentar. Nas cidades com dois turnos, temos o entendimento da pulverização”, completa Everaldo Anunciação.
Outra cidade que ainda não tem definição em relação ao candidato do PT é Vitória da Conquista, onde o atual prefeito Guilherme Menezes (PT) está no final do segundo mandato. Na cidade, cinco nomes do partido se colocam como possíveis candidatos no pleito, para suceder o correligionário.
Para o deputado federal Afonso Florence (líder do PT na Câmara), a operação Lava Jato pode comprometer mais a imagem dos partidos da oposição nas eleições municipais. Disse, ainda, que o partido buscará ampliar o número de prefeituras no estado (hoje são 81), mas que haverá conversas com os partidos aliados. Everaldo Anunciação acredita que a Lava Jato e a crise econômica poderão ser utilizadas pela oposição contra a legenda.
Líder do PT na Assembleia Legislativa, o deputado Rosemberg Pinto, também presente à reunião, disse que, nas eleições municipais, o partido deve se apresentar de forma unida dentro da concepção do projeto que elegeu o governador Rui Costa em 2014. “O PT tem pretensão de disputar eleições nos 417 municípios, mas isso tem que ter regramento, deve ser acordado com os partidos da base que elegeu Rui Costa”, avalia. (ATarde)