O Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a oferecer terapias alternativas como meditação, arteterapia e reiki. De acordo com o Ministério da Saúde, estes procedimentos integram as “ações de promoção e prevenção em saúde”, definidas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares(PNPIC) no ano de 2006. O ministério reconheceu oficialmente a importância das manifestações populares em saúde. Além disso, passou a considerar também a chamada medicina não convencional, prática voltada à saúde e ao equilíbrio vital do homem. Os serviços são oferecidos por iniciativa local, mas recebem financiamento do ministério por meio do Piso de Atenção Básica (PAB) de cada município. “O campo das práticas integrativas e complementarescontempla sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de medicina tradicional e complementar”, diz trecho de nota do ministério. A medida não será útil apenas para os pacientes, mas para o desenvolvimento de programas para formação de trabalhadores nessas áreas e investimentos para que os procedimentos sejam realizados.

“O que a gente está colocando é a possibilidade de realização e registro no sistema de informação do ministério para reconhecer formalmente esse tipo de procedimento no SUS e monitorar as ações, a partir disso, vamos conseguir inclusive desenvolver ações de formação dos trabalhadores”, afirmou o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Allan Nuno.

Alguns procedimentos não precisam ser preescritos por médicos, como a homeopatia. E terapias incluídas na medicina não convencional já eram oferecidas na categoria “práticas integrativas”, a exemplo da medicina tradicional chinesa, terapia comunitária, dança circular, ioga, oficina de massagem, auriculoterapia, massoterapia e tratamento termal.

Alternativa ou complementar

A Organização Mundial de Saúde (OMS), entende a terapia alternativa como uma prática utilizada em substituição da medicina convencional, já a terapia complementar é utilizada em associação com a medicina convencional e não para substituí-la. O termo integrativa é usada quando há associação da terapia médica convencional aos métodos complementares ou alternativos a partir de evidências científicas.