Uesb amplia o número de bolsas financiadas pela Capes
Devido à implementação de novos critérios para a distribuição de bolsas nos programas de mestrado e doutorado, adotado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Uesb conseguiu obter mais recursos federais, resultando no acréscimo de cerca de 70 novas bolsas. Nesse contexto, a Uesb aumenta de 270 para 340 as bolsas financiadas pela Capes para mestrado e doutorado, válido já a partir deste mês de março.
Agora, a Capes, ao redistribuir todas as bolsas, passou a considerar a nota da avaliação quadrienal dos programas de pós-graduação; o nível do curso (mestrado e doutorado); o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), para priorizar municípios com indicadores mais baixos e a Titulação Média de Cursos (TMC), para diferenciar os cursos pelo seu tamanho.
“Como a Uesb teve um desempenho de aumento das notas, que foi um dos maiores do Nordeste, isso acaba influenciando na quantidade de bolsas. Porque quando o programa sobe de conceito ganha mais bolsa. Se o curso cair de conceito, ele perde bolsa. Então a gente teve, por exemplo, oito programas que subiram de conceito. Então isso puxou o quantitativo de bolsas para cima”, explica o professor Robério Rodrigues, pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Proppi). O pró-reitor ainda salienta que antes da implementação desse novo critério, mesmo que o programa melhorasse seu conceito perante a Capes, não era recompensado.
Para o professor Robério, esses novos critérios foram uma ótima estratégia para reduzir as disparidades regionais, uma vez que as bolsas costumavam se concentrar no Sul e Sudeste, enquanto os programas do Nordeste e Norte tinham poucas bolsas. “Essa foi a grande estratégia: garantir uma busca por isonomia. Se o programa tem a mesma nota, cidade de mesmo IDH e forma a mesma quantidade de pessoas do outro, ele tem que ter a mesma quantidade de bolsa. Ele não pode ter uma quantidade de bolsa diferente. Então a lógica é essa”, destaca o professor Robério.
Segundo o professor Luiz Otávio de Magalhães, reitor da Uesb, o aumento no financiamento de bolsas pela Capes na Universidade é em grande parte atribuído aos investimentos que a Instituição tem feito na pós-graduação. “[A Uesb] tem atuado onde consegue atuar efetivamente, que é do ponto de vista de ações que visem o aprimoramento de nossos cursos; o aprimoramento acadêmico, científico, tecnológico; a criação de condições de infraestrutura para desenvolvimento das pesquisas de mestrado e doutorado que são feitas em nossos programas”, destaca.
O reitor ressalta que o aumento do conceito dos programas avaliados pela Capes, alinhado com o impacto nessas cidades, as quais, nacionalmente, têm frequentemente um Índice de Desenvolvimento Humano abaixo da média, resultou na captação bem-sucedida de mais recursos para promover a pesquisa e a pós-graduação na região sudoeste da Bahia. Assim, a Universidade tem desempenhado um papel crucial na expansão da pós-graduação no interior e, por conseguinte, no aprimoramento da qualidade de vida no sudoeste baiano, uma vez que diversas áreas do conhecimento e questões sociais são objetos de pesquisa na Instituição.
“Então, hoje, quem estuda condições de saúde no sudoeste da Bahia são os programas de pós-graduação da Uesb. Quem estuda, em termos de ciências agrárias, questões específicas relacionadas à história e à cultura do Sudoeste, basicamente são os pesquisadores que estão na Uesb”, frisa o reitor. Luiz Otávio salienta que essa interiorização também fortalece o desenvolvimento de conhecimentos e saberes, a partir dessa realidade local, que impacta diretamente no desenvolvimento regional do sudoeste baiano.